Bolsonaro corta 97% na escola e só deixa verba para comprar um ônibus
O dinheiro destinado à “Infraestrutura para a Educação Básica” saiu de R$ 119,1 milhões para R$ 3,45 milhões

Diamantino Junior
Publicado em: 29/09/2022 às 14:32 | Atualizado em: 29/09/2022 às 14:32
Matéria de Manoel Ventura, publicada no site do jornal o Globo, traz a informação que o Governo Federal promoveu cortes absurdos no orçamento para a educação em 2023. Essa decisão vai na contramão da necessidade de melhorar o aprendizado dos alunos das escolas públicas, que sofreu drasticamente com a pandemia.
Leia trecho da reportagem
Mesmo com a queda de aprendizado dos alunos de escolas públicas após a pandemia, o governo Jair Bolsonaro propôs cortes acima de 90% em vários programas para a educação no próximo ano. O recurso para infraestrutura das escolas do país, por exemplo, terá uma queda de 97% de acordo com o projeto orçamentário de 2023, enviado pelo governo ao Congresso Nacional, na comparação com os recursos propostos para este ano.
O dinheiro destinado à “Infraestrutura para a Educação Básica” saiu de R$ 119,1 milhões para R$ 3,45 milhões. Nessa ação, o governo federal envia recursos para construção, ampliação, reforma e adequação de escolas.
O recurso também é usado para compra de mobiliário e outros equipamentos. Com o dinheiro reservado para o ano que vem, só é possível atender quatro projetos.
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Há menos de duas semanas, o governo divulgou o resultado da avaliação que mostram que níveis de aprendizagens caíram em Português e Matemática em todas as etapas avaliadas pelo Inep, de acordo com dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
Na prática, é como se o país tivesse perdido os progressos nos resultados dos seis últimos anos, regredindo em algumas áreas a patamares de aprendizagem de 2015. Os dados indicam que 33,8% das crianças do segundo ano, em 2021, não sabiam ler ou escrever.
A proposta orçamentária de 2023, por outro lado, distribui cortes em ações para educação básica. Uma das ações afetadas é a compra de ônibus escolares por meio do programa Caminho da Escola.
Estão previstos R$ 425 mil para este fim, recurso suficiente para comprar um veículo, de acordo com dados da proposta orçamentária.
Procurado, o MEC não se manifestou.
Leia mais na matéria de Manoel Ventura publicada no site do jornal o Globo
Foto: reprodução