Casa de Nelson Piquet era esconderijo das joias de Bolsonaro

Alguns desses presentes, como joias oferecidas pelo governo da Arábia Saudita, foram devolvidos ao governo federal pela defesa de Bolsonaro.

Diamantino Junior

Publicado em: 28/03/2023 às 17:20 | Atualizado em: 28/03/2023 às 17:33

O jornal O Estado de S. Paulo informou, nesta terça-feira (28/3), que os presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante seu mandato e que ele queria manter como patrimônio pessoal foram guardados em uma fazenda de propriedade do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet.

O Tribunal de Contas da União (TCU) está questionando a inclusão de joias e armas recebidas por Bolsonaro em seu acervo pessoal.

Alguns desses presentes, como joias oferecidas pelo governo da Arábia Saudita, foram devolvidos ao governo federal pela defesa de Bolsonaro.

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A fazenda de Piquet fica em Brasília, no bairro nobre de Lago Sul, e recebeu dezenas de caixas de presentes a partir de dezembro do ano passado.

Segundo o Estadão, o ex-presidente enviou à fazenda do amigo os itens mais valiosos, como joias, e incluiu no acervo público apenas livros e cartas.

Crime de racismo

O Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) pediu na quarta-feira (08/3) a condenação do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet por ofensas racistas e homofóbicas contra o corredor Lewis Hamilton.

O caso investigado ocorreu em 2021, mas repercutiu nas redes sociais em 2022, quando uma entrevista do corredor brasileiro, em que ele fala as ofensas, foi publicada.

Nas imagens, é possível ouvir o ex-piloto chamando o heptacampeão de “neguinho” ao comentar um acidente envolvendo o inglês e Max Verstappen durante o Grande Prêmio de Silverstone de Fórmula 1, na Inglaterra.

“O neguinho meteu o carro de não deixou (Verstappen desviar). O neguinho deixou o carro porque não tinha como passar dois carros naquela curva. Ele fez de sacanagem. A sorte dele foi que só o outro se f*deu. Fez uma p*ta sacanagem”, criticou Piquet, em entrevista ao jornalista Ricardo Oliveira.

Em outro momento o corredor chegou a dizer que o “O ‘neguinho’ devia estar dando mais o c* naquela época”.

O Correio teve acesso ao parecer do MPDFT sobre o processo que pede R$ 10 milhões de indenização a Hamilton e o valor deve ser utilizado para abrir editais a órgãos que defendem temas e questões envolvendo os grupos atingidos. Em nota, o MP relembrou que o procedimento investigatório criminal instaurado para apurar a injúria racial foi arquivado por desinteresse da vítima.

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Foto: divulgação