Integrantes do Exército e da Aeronáutica confirmaram à Polícia Federal que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou um plano de golpe após derrota para Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.
A PF indiciou Bolsonaro em uma investigação que apura uma suposta trama golpista para se manter no poder após o resultado das últimas eleições presidenciais.
A investigação, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), teve como um dos principais eixos condutores os depoimentos dos ex-comandantes do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior.
Os depoimentos dos ex-comandantes das Forças Armadas colocaram, na avaliação da PF, Bolsonaro no centro da trama que planejava um golpe de Estado.
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Após a derrota para Lula, Bolsonaro convocou reuniões no Palácio da Alvorada com a presença dos comandantes das Forças Armadas e de Paulo Sérgio Nogueira, então ministro da Defesa.
O ex-mandatário, segundo o inquérito, apresentou um documento que previa as hipóteses de instaurar Estado de defesa ou de sítio, além de dar início a uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
A minuta golpista seria o primeiro passo para impedir a posse de Lula, de acordo com a investigação.
“Em outra reunião no Palácio da Alvorada, em data em que não se recorda, o então presidente Jair Bolsonaro apresentou uma versão do documento com a decretação do estado de defesa e a criação da comissão de regularidade eleitoral para ‘apurar a conformidade e legalidade do processo eleitoral'”, diz o registro da oitiva de Freire Gomes à PF.
Leia mais na reportagem de Mariana Muniz, em O Globo .
Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República