Bolsonaro diz que arquivos de mortos no regime militar são “balela”

Publicado em: 30/07/2019 às 14:41 | Atualizado em: 30/07/2019 às 14:41

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta terça-feira (30), que são “balela” os arquivos oficiais sobre mortos e desaparecidos durante o regime, produzidos pela Comissão Nacional da Verdade. A fala do presidente está publicada na revista Veja.

Para ele, segundo a publicação eletrônica, não existem documentos que possam comprovar como ocorreu a morte do pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, durante a ditadura militar.

“Nós queremos desvendar crimes. A questão de 1964, não existem documentos se matou, não matou, isso aí é balela. (…) Você quer documento para isso, meu Deus do céu. Documento é quando você casa, você se divorcia. Eles têm documentos dizendo o contrário?”, perguntou Bolsonaro, após deixar uma reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no Palácio do Alvorada.

Na segunda-feira, 29, Bolsonaro afirmou que poderia “contar a verdade” sobre a morte do pai de Santa Cruz.

Em seguida, o presidente apresentou uma versão sobre o desaparecimento que não tem respaldo em informações oficiais.

Bolsonaro afirmou inicialmente que tinha ciência de como Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira “desapareceu no período militar”.

Depois, disse que ele foi morto por correligionários na década de 1970. A declaração contraria uma lei vigente e uma decisão judicial que reconhecem a responsabilidade da União no sequestro e desaparecimento do então estudante de direito em 1974.

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Foto: Antônio Cruz/ABr