Bolsonaro deixa inflação de 5,79%, acima do teto pelo segundo ano

O valor ficou num percentual de 5,79% acima do teto

Alimentos puxam inflação no país de 33 milhões que passam fome

Publicado em: 10/01/2023 às 11:58 | Atualizado em: 10/01/2023 às 11:58

O governo de Jair Bolsonaro deixou inflação acumulada de 5,79%, acima do teto da meta estipulada, pelo segundo ano consecutivo.

Em dezembro do ano passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,62% em dezembro do ano passado. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em novembro de 2022, o IPCA ficou em 0,41%.

O centro da meta era de 3,5% no ano passado, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima (5%) ou para baixo (2%). Levando em consideração o centro da meta, 2022 foi o quarto ano seguido em que o IPCA terminou acima do projetado pelo Banco Central (BC).

Apesar do novo estouro da meta, a inflação no Brasil finalizou o ano passado em um patamar bem inferior ao registrado em 2021, quando havia subido 10,06%.

Os resultados da inflação em dezembro e no acumulado de 2022 vieram acima das projeções do mercado. O consenso Refinitiv estimava que os índices seriam de 0,44% (mensal) e 5,6% (anual).

Perspectivas para 2023

Os analistas do mercado financeiro consultados pelo BC voltaram a elevar as estimativas de inflação para 2023, 2024 e 2025. É o que mostrou o Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado na segunda-feira (9/1).

De acordo com o relatório, o IPCA deve terminar este ano em 5,36% – a projeção da semana passada era de 5,31%. É a quarta semana consecutiva de alta.

Leia mais na matéria de Fábio Matos no Metropoles

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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil