Carlos Bolsonaro, ou “Zero Dois”, como já configura na cultura popular, é homem de temperamento errático.
O pai, hoje presidente da República, fala publicamente que dá uma atenção especial a ele.
Essa atenção muitas vezes se transformou em angústia, como mostra o livro “Tormenta – O governo Bolsonaro: Crises, intrigas e segredos”, da jornalista Thaís Oyama.
Leia mais
A pesquisa, baseada em depoimentos de interlocutores do presidente, mostra os bastidores da campanha e do cotidiano conturbado do presidente eleito — descrito como alguém que, ou age de supetão, ou prefere uma demorada análise para enfim tomar uma atitude inesperada.
Tanto pai quanto filho, neste caso, sofrem de mania de perseguição — Carlos, segundo conta a obra, usa remédios para controle do humor.
Bolsonaro, quando residente em seu apartamento no setor Sudoeste de Brasília, evitava água da geladeira quando chegava em casa. Tomava da torneira por medo de ser envenenado.
O costume lembra seu colega e ídolo, Donald Trump. Em “Fogo e Fúria”, livro que retratou o norte-americano da mesma forma que agora Bolsonaro é retratado, consta que o presidente dos Estados Unidos prefere comer no McDonald’s e não permite que troquem seus lençóis para evitar um envenenamento.
O Zero Dois tem como gatilho de suas preocupações a imensa admiração pelo pai.
Ao ver uma chance de conspiração, ao menos em sua leitura da situação, parte para o ataque como um “pitbull”, com afiadas mordidas virtuais via Twitter.
Leia mais no UOL Notícias
Foto: : arquivo pessoal/reprodução/Instagram