Bolsonaro fica irado ao ouvir que criminoso é seu seguidor
Ele citou Adélio Bispo, autor do atentado a faca contra o então candidato à Presidência em 2018, para tentar contestar o fato de ter um apoiador assassino

Publicado em: 11/07/2022 às 14:41 | Atualizado em: 11/07/2022 às 14:42
O presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou irritado ao saber que o homem que matou a tiros um militante do PT, ontem (10), em Foz do Iguaçu, era seu apoiador.
Dessa forma, ele citou Adélio Bispo, autor do atentado a faca contra o então candidato à Presidência em 2018, para tentar contestar o respectivo fato.
“Vocês viram o que aconteceu ontem, né, a briga de duas pessoas lá em Foz do Iguaçu? Bolsonarista, não sei o que lá… Agora, ninguém fala que o Adélio era filiado ao PSOL, né?”, declarou hoje o governante, em conversa com apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada, em Brasília.
Apesar da insatisfação do presidente, investigação da Polícia Civil paranaense indica que, de fato, o crime foi cometido por motivação política.
Bolsonarista, o agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho invadiu a festa de aniversário do guarda municipal Marcelo Arruda, militante do PT, e o assassinou a tiros. A vítima, que também estava armada, conseguiu reagir e alvejar o agressor. Ele sobreviveu e está hospitalizado em estado grave.
Apesar da insatisfação do presidente, investigação da Polícia Civil paranaense indica que, de fato, o crime foi cometido por motivação política. Bolsonarista, o agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho invadiu a festa de aniversário do guarda municipal Marcelo Arruda, militante do PT, e o assassinou a tiros.
A vítima, que também estava armada, conseguiu reagir e alvejar o agressor. Ele sobreviveu e está hospitalizado em estado grave.
A PF instaurou dois inquéritos para investigar o episódio do atentado a faca, sendo o último encerrado em 2020. Ante às conclusões da polícia, que até hoje são contestadas por Bolsonaro —o presidente diz acreditar na ideia de que há uma conspiração por trás do crime—, o Ministério Público de Minas Gerais se manifestou pelo arquivamento do segundo inquérito.
Adélio foi declarado inimputável por ter doença mental e cumpre medida de segurança por tempo indeterminado no presídio federal de Campo Grande (MS).
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Foto: Isac Nóbrega/PR