Bolsonaro quer cortar pela metade Mais MĂ©dicos e FarmĂ¡cia Popular

A menos de 20 dias das eleições, a tesourada acendeu um alerta na equipe de campanha de Bolsonaro

ApĂ³s crĂ­ticas sobre o silĂªncio, Bolsonaro diz lamentar os 500 mil mortos

Publicado em: 15/09/2022 Ă s 16:45 | Atualizado em: 15/09/2022 Ă s 16:45

O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou ao Congresso Nacional uma proposta de Orçamento para 2023 com um corte de ao menos 50% em verbas para bancar programas como Mais MĂ©dicos, FarmĂ¡cia Popular e a saĂºde indĂ­gena.

A menos de 20 dias das eleições, a tesourada acendeu um alerta na equipe de campanha de Bolsonaro, em especial quanto ao FarmĂ¡cia Popular, programa de distribuiĂ§Ă£o gratuita ou com desconto de medicamentos.

O chefe do Executivo concorre Ă  reeleiĂ§Ă£o, mas estĂ¡ em segundo lugar nas pesquisas de intenĂ§Ă£o de voto, atrĂ¡s do ex-presidente Luiz InĂ¡cio Lula da Silva (PT).

A medida atingirĂ¡ programas centrais no atendimento Ă  populaĂ§Ă£o, o que deflagrou o temor de repercussĂ£o negativa nas urnas. Bolsonaro decidiu acionar os ministros Marcelo Queiroga (SaĂºde) e Paulo Guedes (Economia) para tentar rever o corte no FarmĂ¡cia Popular.

Diante da repercussĂ£o negativa das reduções, Guedes saiu a campo e citou o programa ao sinalizar, nesta quarta-feira (14), uma recomposiĂ§Ă£o dos recursos da SaĂºde por meio de mensagem modificativa do Orçamento.

Apesar do pedido de Bolsonaro e da sinalizaĂ§Ă£o de Guedes, ainda nĂ£o foi enviada qualquer comunicaĂ§Ă£o formal ao Congresso. TĂ©cnicos ressaltam que isso sĂ³ deve ser feito apĂ³s as eleições.

A reduĂ§Ă£o significativa nos recursos do Mais MĂ©dicos -rebatizado pelo atual governo de MĂ©dicos pelo Brasil- tambĂ©m jĂ¡ entrou no radar do MinistĂ©rio da SaĂºde como um ponto de alerta, embora os dois programas nĂ£o sejam os Ăºnicos atingidos.

Como mostrou a reportagem, a verba da SaĂºde para custeio e investimentos sofreu um corte de 42% na proposta para 2023.

Para cumprir o gasto mĂ­nimo assegurado pela ConstituiĂ§Ă£o, o Executivo vai depender das chamadas emendas de relator, instrumento usado como moeda de troca nas negociações com o Congresso. Procurada, a pasta nĂ£o se manifestou sobre os cortes.

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Foto: DivulgaĂ§Ă£o/ PR