Bolsonaro e Mourão rebatem decisão do STF sobre as Forças Armadas

Em nota, o presidente e vice-presidente da República afirmam que as Forças Armadas não aceitam "ordens absurdas", como "tomada de Poder"

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Ferreira Gabriel

Publicado em: 13/06/2020 às 10:27 | Atualizado em: 13/06/2020 às 10:31

O presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente, general Hamilton Mourão, assinaram uma nota divulgada pela Secom e pelo chefe do Executivo. Sobretudo eles afirmam que as Força Armadas não aceitam “ordens absurdas”. Tais como “tomada de Poder”.

O documento também foi assinado pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo.  De acordo com a nota, os chefes de estado afirmam que as Forças Armadas não serão usadas para nenhuma tentativa de golpe.

“As FFAA do Brasil não cumprem ordens absurdas, como p. ex. a tomada de Poder. Também não aceitam tentativas de tomada de Poder por outro Poder da República, ao arrepio das Leis, ou por conta de julgamentos políticos”.

“Na liminar de hoje, o Sr. Min. Luiz Fux, do STF, bem reconhece o papel e a história das FFAA sempre ao lado da Democracia e da Liberdade”, completa.

A declaração veio em meio a nova tensão criada por um membro do governo, na última sexta (12), o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos. Sobretudo ele afirmou ser “ultrajante e ofensivo” falar em “golpe”. Este, portanto, com apoio das Forças Armadas. Em seguida, ele fez a ressalva de que isso nunca acontecerá se a oposição “não esticar a corda”. A princípio, parlamentares interpretaram a fala do ministro como tom de “ameaça”.

Em decisão liminar, que saiu ontem(12), o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux afirmou que, as Forças Armadas  “não são poder moderador”. Além disso, ele ainda citou que devem agir apenas para garantir a lei e a ordem.

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Foto: Marcos Corrêa/ PR

 

 

 

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“Forças Armadas não são poder moderador e não podem interferir”