O apresentador da Rede TV/TV A Crítica, Sikêra Jr, recebeu R$ 120 mil em sete campanhas publicitárias do governo federal.
Os pagamentos foram feitos entre dezembro de 2020 a abril de 2021. É o que consta no documento entregue pela Secom presidencial à CPI da covid-19 no Senado.
A informação foi publicada nesta quinta-feira (17) pelo site O Antagonista.
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O apresentador é amigo da família Bolsonaro e defensor do governo. Sikêra defendia no programa Alerta Nacional o tratamento precoce e o fim do isolamento social, mesma política adotada por Bolsonaro, em toda a pandemia.
“Os desembolsos foram feitos pela Secom através da subcontratação das empresas PPR profissionais de publicidade reunidos e Calia/Y2 Propaganda e Marketing. Os valores foram registrados como ‘áudio-vídeo-pagamento de cachê’, diz O Antagonista.
“Em setembro do ano passado, Flávio Bolsonaro faltou a uma audiência do MPF no mesmo dia em que apareceu dançando e cantando no programa do apresentador, Alerta Nacional, da TV A Crítica. O presidente Jair Bolsonaro também esteve no programa no dia 23 de abril de 2021”, reforça o site.
Crítico da oposição a Bolsonaro
O apresentador do programa Alerta Nacional, Sikêra Júnior, fez duras críticas ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) durante a edição de terça-feira (24) da atração.
Ao comentar um processo vencido por um ele contra a modelo trans Viviany Beleboni, o comunicador citou que uma nova ação foi aberta contra ele. No entanto, dessa vez foi o partido de esquerda que abriu o processo. Dessa forma, a legenda estaria pedindo sua prisão.
“O PSOL agora quer me botar na cadeia […] Pode vir PSOL, Pinho Sol, Água Sanitária, vocês não vão “tarar” as nossas crianças, vocês não vão ganhar essa guerra, bando de maconheiros safados, bando de hipócritas nojentos, tarados em crianças, pedófilos, para vocês é presídio”, disse.
Em outro momento do programa exibido pela RedeTV!, Sikêra mostrou aos telespectadores o processo movido contra ele pela legenda. Este, portanto, tramita no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).
Segundo o apresentador, a ação foi movida como uma resposta ao protesto feito por ele em seu programa contra a ADI 5668. A princípio, Sikêra manifestou-se sobre a utilização da ideologia de gênero nas escolas.
“É pra ver se eu calo a boca, né [o processo]? É pra ver se me intimidam. Lacração, comigo não, vamos, mais um, não tem problema”, disse.
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Foto: Reprodução/Fórum