Bolsonaro rejeita elogios de ex-líder do grupo racista Ku Klux Klan

Publicado em: 16/10/2018 às 20:11 | Atualizado em: 16/10/2018 às 20:11
O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, não gostou nada dos elogios recebidos do historiador americano David Duke, ex-líder do grupo racista Ku Klux Klan (KKK) nos Estados Unidos. “Recuso qualquer tipo de apoio vindo de grupos supremacistas”, rebateu o militar brasileiro da reserva. As informações são da BBC Brasil.
Rosto mais conhecido do grupo racista KKK, David Duke fez um raro comentário sobre a política brasileira no programa de rádio que comanda: “Ele soa como nós. E também é um candidato muito forte. É um nacionalista”, disse o ex-líder da KKK sobre Bolsonaro.
“Ele é totalmente um descendente europeu. Ele se parece com qualquer homem branco nos EUA, em Portugal, Espanha ou Alemanha e França. E ele está falando sobre o desastre demográfico que existe no Brasil e a enorme criminalidade que existe ali, como por exemplo nos bairros negros do Rio de Janeiro”, afirmou Duke em um programa de rádio que foi ao ar no dia 9 de outubro.
Após a repercussão dos elogios, Bolsonaro usou seu perfil no Twitter na tarde desta terça (16) para responder aos comentários: “Recuso qualquer tipo de apoio vindo de grupos supremacistas. Sugiro que, por coerência, apoiem o candidato da esquerda, que adora segregar a sociedade. Explorar isso para influenciar uma eleição no Brasil é uma grande burrice. É desconhecer o povo brasileiro, que é miscigenado”, escreveu o político.

David Duke, ex-líder da Ku Klux Klan, que elogia Bolsonaro
Foto: Reprodução/NBC
Duke apontou Bolsonaro como parte de um fenômeno nacionalista global, mas fez ressalvas sobre sua proximidade com judeus, a quem, em uma clara manifestação de antissemitismo, acusou de promoverem uma “lavagem cerebral no mundo”.
Diferentemente de Duke, Bolsonaro mantém em sua vida política uma postura de proximidade com a comunidade judaica e a defesa do Estado de Israel.
Há dois anos, enquanto o Senado votava o impeachment de Dilma Rousseff, o capitão brasileiro foi batizado nas águas do rio Jordão.
Durante a campanha eleitoral, o candidato reforçou o elo com o país e promete expandir relações políticas, culturais e comerciais se eleito.
“Minha primeira viagem como presidente será para Israel”, disse Bolsonaro em transmissão ao vivo no Facebook, no último domingo.
Foto: Reprodução/Instagram