Brasil piora no ranking da corrupção, aponta Transparência Internacional

O estudo diz que que as ações do governo federal, do Congresso Nacional e do Judiciário "levaram a retrocessos no arcabouço legal e institucional anticorrupção do país"

Brasil piora no ranking da corrupção, aponta Transparência Internacional

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 25/01/2022 às 08:08 | Atualizado em: 25/01/2022 às 08:08

O Brasil piorou duas posições no ranking mundial da corrupção, segundo o levantamento realizado pela Transparência Internacional e divulgado hoje (25).

Segundo o g1, entre 180 países analisados, o Brasil ocupou a 96ª colocação no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) no ano passado.

A princípio, em 2020, estava na 94ª posição. Quanto melhor a posição no ranking, menos o país é considerado corrupto.

Dessa forma, numa escala de 0 a 100 pontos, o Brasil alcançou 38 pontos. Essa é a terceira pior nota da série histórica e a mesma pontuação alcançada na edição anterior.

Como resultado, o desempenho brasileiro ficou abaixo da média global (43 pontos), dos países da América Latina e do Caribe (41 pontos) e das nações que integram o G20 (66 pontos).

Leia mais

Pesquisa diz que para 61% dos brasileiros corrupção vai crescer

De cada 10 brasileiros, sete acreditam que há corrupção no governo Bolsonaro

Relatório

Além disso, o relatório da Transparência Internacional aponta que, as maiores pontuações são a Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia (todos com 88 pontos).

Por consehuinte, apareceram Noruega, Singapura e Suécia (85 pontos).

Já as piores avaliações foram registradas por Venezuela (14 pontos), Somália e Síria (13 pontos) e Sudão do Sul (11 pontos).

Em suma, a Transparência Internacional afirma que o Brasil está “estagnado em um patamar muito ruim em relação à percepção da corrupção no setor público”.

Assim como aponta que as ações do governo federal, do Congresso Nacional e do Judiciário “levaram a retrocessos no arcabouço legal e institucional anticorrupção do país”.

“O Brasil está passando por uma rápida deterioração do ambiente democrático e desmanche sem precedentes de sua capacidade de enfrentamento da corrupção”, afirma Bruno Brandão, diretor executivo da Transparência Internacional – Brasil.

“São marcos legais e institucionais que o país levou décadas para construir. Isso traz consequências ainda mais graves por ocorrer em meio à pandemia da Covid-19, quando a transparência e o controle dos recursos públicos deveriam ser priorizados para garantir seu bom uso frente à tragédia humanitária”, acrescenta.

Leia mais em g1.

Foto: Reprodução