Bretas impõe nova sentença a Cabral, que acumula mais de 300 anos
Ex-governador do Rio de Janeiro é condenado a mais 19 anos e 9 meses de prisão e é considerado nos processos como chefe de organização criminosa.

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 27/11/2020 às 02:22 | Atualizado em: 27/11/2020 às 02:22
O juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal, condenou, nessa quinta-feira (26), o ex-governador do Rio Sérgio Cabral. A sentença foi de 19 anos e 9 meses de prisão. Com essa condenação, portanto, o acumulado de tempo de prisão de Cabral passa dos 300 anos.
Bretas condenou, igualmente, o empresário do ramo de ônibus Jacob Barata Filho, a 28 anos e 8 meses de reclusão.
As condenações, já publicadas, entretanto, são referentes à operação Ponto Final, um desdobramento da operação Lava Jato.
Nessa operação, no entanto, foi investigado o pagamento de propina a políticos, por empresários do setor de transporte público. Dessa maneira, os empresários obtiveram vantagens no valor das tarifas e outras benesses.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), entre julho de 2010 e outubro de 2016, foram feitos 203 aportes mensais de dinheiro.
Os aportes foram a título de propina para Cabral e outros operadores políticos ligados a ele, no valor total de R$ 144,7 milhões.
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Este recurso viria, na ocasião, de diversas empresas de ônibus. Do esquema fazia parte também a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).
Jacob Barata Filho, conhecido no estado como “o rei do ônibus”, por ser dono ou sócio de várias empresas, foi condenado por corrupção ativa e participação em organização criminosa.
Bretas ressaltou, em sua sentença, sua elevada culpabilidade, “uma vez que o acusado é grande empresário do ramo de transportes há décadas, ocupando os mais altos cargos de direção e sindicato das empresas de ônibus, tendo pleno discernimento quanto à ilicitude das condutas que praticava”.
Com informações da Agência Brasil
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