Tragédia de Brumadinho pode expandir extração de urânio no AM
Neuton Correa
Publicado em: 21/02/2019 às 07:12 | Atualizado em: 21/02/2019 às 07:12
A tragédia de Brumadinho (MG) que deixou 171 mortos e 139 desaparecidos pode ter criado condições que o governo federal vem discutindo há mais de ano para expandir a mineração de urânio no Amazonas.
É que o programa nuclear brasileiro teme que barragens com material radioativo se acabem em mar de lama, como aconteceu este ano com a mina da Vale, em Minas Gerais.
Em Poços de Caldas (MG), uma velha mina de urânio que acumula milhares de toneladas de rejeitos radioativos, já emitiu sinais de riscos, informou nesta quinta-feira, dia 21 o jornal Folha de S.Paulo.
“Enquanto a mina esteve em operação (1982-1995), produziu concentrado de urânio para ser usado no combustível de Angra 1, em pesquisas no setor nuclear e num esquema de comércio compensado junto ao Iraque. Mas, quando as atividades na mina foram encerradas, não houve descontaminação das áreas exploradas nem foram seguidos os padrões que garantiriam a preservação ambiental e a segurança das populações afetadas”, informa a publicação.
O jornal acrescenta:
“A ideia (do governo) é criar as condições para que o investimento privado possa destravar a construção da usina de Angra 3 e expandir a mineração de urânio para estados como Amazonas, Ceará, Goiás, Tocantins, Pará, Paraíba e Paraná.
Foto: Mina de Pitinga, Presidente Figueiredo (AM)