Cade dá “ok” à venda da AM Energia à Oliveira Energia/Atem

Neuton Correa
Publicado em: 16/02/2019 às 07:37 | Atualizado em: 16/02/2019 às 07:37
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cadê) disse não ter visto nenhum problema na venda da estatal Eletrobras Amazonas Energia para o consórcio amazonense Oliveira/Atem, informou na noite desta sexta-feira, dia 15, o jornal O Estado de S.Paulo, em sua versão eletrônica.
A privatização da empresa, considerada a maior caixa de problema das distribuidoras negociadas pelo governo, ocorreu no dia 10 de dezembro do ano passado.
O negócio, porém, foi denunciado ao Cade pela Gopower & Air.
A empresa argumentou ao colegiado que a privatização iria provocar concentração de mercado no fornecimento de geradores elétricos, já que as duas empresas que compõem o consórcio (Oliveira/Atem) já atuavam no segmento de energia na região.
No caso da Oliveira, segundo a denúncia, a preocupação seria ainda maior, já que o grupo é o principal fornecedor de geradores da distribuidora.
Os equipamentos são alugados para fornecer energia no interior do estado, em sistemas isolados —áreas não ligadas à rede de transmissão, algo comum no Norte do país.
Segundo o Estadão, em ofício ao Cade, a Amazonas Energia informou que o fornecimento de energia em 87 desses locais foi viabilizado por um leilão realizado em 2016, que vai resultar na desativação, ao longo deste ano, de geradoras que utilizam equipamentos alugados.
Informou também que oito localidades que continuam a ser abastecidas por geradores alugados serão interligadas ao sistema até 2023 – caso de Parintins – e são consideradas um mercado “residual”, na avaliação da distribuidora.
A decisão do Cade ainda pode ser contesta. Lei a reportagem.
Foto: Arquivo/BNC