Candidatos passam no “pente-fino” e TSE quer saber quem é do crime

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 18/09/2018 às 16:51 | Atualizado em: 18/09/2018 às 16:51
Todos os candidatos às eleições deste ano, no país, terão a vida pregressa vasculhada com o objetivo é saber se há ligação ou envolvimento com o crime organizado e, por consequência, evitar que o parlamento brasileiro seja espaço também da bancada de criminosos.
O assunto foi discutido, nesta terça-feira (18), entre o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann; a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber (foto); e o diretor-geral da PF, Rogério Galloro.
Além do incremento na segurança dos candidatos à Presidência da República, foi discutido o combate a candidaturas que estejam ligadas ao crime organizado, num esforço para impedir que ser forme, nas palavras de Jungmann, uma “bancada do crime” no Poder Legislativo federal e estadual.
Segundo o ministro, a PF realiza um pente-fino na vida pregressa de todos os candidatos, para todos os cargos, nas eleições deste ano.
O objetivo é entregar ao TSE um dossiê com qualquer indício do envolvimento do crime organizado com a eleição.
“Estamos fazendo uma triagem e levantamento prévio de todos os candidatos e estamos cruzando todos os dados, fazendo um banco de dados”, disse Jungmann.
“Não podemos permitir a formação de uma bancada do crime, e se por acaso eles vierem a se eleger nós precisamos cassá-los e puni-los”, acrescentou o ministro.
Ele frisou, no entanto, que a PF somente fornecerá dados de inteligência ao TSE, a quem caberá dar qualquer tipo de consequência às informações.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE/arquivo