A Controladoria Geral da União (CGU) apontou um superfaturamento em licitação feita pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
A estatal que é xodó do Centrão também gere obras na região Norte, praticou sobrepreço para a compra de tubos de PVC na Bahia. Como informa o g1.
Conforme o relatório, “houve aumento médio de 92% nos preços praticados”.
A princípio, ano passado, a empresa disse que os recursos têm origem em emendas, não vinculadas a um cronograma preestabelecido.
Segundo a Codevasf, o que “dificulta e ou inviabiliza um planejamento preciso”
Dessa forma, na semana passada, a Polícia Federal deflagrou uma operação (foto) para investigar a suspeita de desvio de dinheiro envolvendo licitações da companhia no Maranhão.
Ainda de acordo com a publicação, com orçamento total de R$ 2,7 bilhões para 2022, a Codevasf é alvo de políticos do Centrão.
Ou seja, grupo informal de partidos que atualmente dá sustentação ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Desse modo, nas últimas semanas, o valor que Congresso Nacional destinou à companhia por meio do chamado “orçamento secreto” dobrou.
Isso após pedido de lideranças partidárias, passando, portanto, de R$ 600 milhões para R$ 1,2 bilhão.
Dessa maneira, o relatório da CGU teve publicação no último dia 14 e analisou uma compra feita em 2020 pela Segunda Superintendência da Codevasf, cuja estimativa de valor para a licitação era de R$ 11.336.040.
O objeto do pregão eletrônico foi o fornecimento, transporte, carga e descarga de tubos de PVC de diversas especificações para abastecimento de água e sistemas de irrigação, visando atender às necessidades de diversos municípios.
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Suspensão do edital
Dessa maneira, a CGU afirma que houve, por duas vezes, recomendação para suspensão do edital.
O primeiro chegou a ser suspenso, mas o segundo, ainda com irregularidades, foi mantido.
“Observou-se que houve aumento médio de 92% nos preços praticados nessas novas contratações”, diz o documento.
Além disso, a auditoria apontou que a opção por compra no atacado, em vez do varejo, resultou num desembolso adicional de R$ 308 mil.
Assim, o potencial de prejuízo aos cofres públicos foi estimado em R$ 3,4 milhões.
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