Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) atendeu a um pedido formal de madeireiros ao afrouxar regras para a exportação de madeira em 2020.
No ano seguinte, a decisão do Ibama foi derrubada por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Em 5 de fevereiro de 2020, empresas do setor madeireiro do Pará enviaram ao Ibama um documento com o pedido de flexibilização do controle de exportação de madeiras. Apenas vinte dias depois, o órgão concordou e dificultou a fiscalização de madeira ilegal.
Os auditores da CGU também afirmaram que o Ibama descumpriu uma série de normas a partir dessa decisão. O órgão atuou irregularmente para legalizar cargas de madeira retidas por autoridades internacionais.
“Cargas de produtos e subprodutos florestais foram exportadas, pelos portos paraenses, sem os devidos trâmites legais”, escreveram os técnicos.
A decisão do Ibama durou pouco mais de um ano, até o então ministro do Meio Ambiente e atual deputado eleito, Ricardo Salles, ser alvo da Polícia Federal .
Por ordem de Alexandre de Moraes, o Ibama voltou a exigir a documentação para exportar madeiras de espécies nativas. Moraes também afastou o então presidente do órgão, Eduardo Bim.
Além da atuação a favor de madeireiros, o Ibama teve dificuldades financeiras no governo Bolsonaro, o que prejudicou ainda mais o trabalho de vistoria.
Leia mais na coluna de Guilherme Amado no Metropoles
Leia mais
Foto: Divulgação/Dietec/Ibama