Chefe do MPF trocava mensagens com empresários bolsonaristas
As mensagens foram identificadas após a Polícia Federal cumprir apreensão de celulares dos alvos da operação

Publicado em: 23/08/2022 às 20:09 | Atualizado em: 23/08/2022 às 20:09
O procurador-geral da República, Augusto Aras trocava mensagens com empresários bolsonaristas que mencionaram um golpe de estado.
As mensagens foram identificadas após a Polícia Federal cumprir apreensão de celulares dos alvos da operação.
As informações são do site JOTA apuradas com fontes da PF, do MPF (Ministério Público Federal) e do STF (Supremo Tribunal Federal). A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes.
Os empresários bolsonaristas teriam defendido, em um grupo de WhatsApp, um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de outubro de 2022. Essas mensagens foram reveladas pelo colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles.
De acordo com o JOTA, fontes disseram que foram encontradas mensagens com críticas ao trabalho de Moraes nos celulares e também declarações sobre a candidatura à reeleição de Bolsonaro. Apesar de estarem em sigilo, os conteúdos das mensagens já estão sendo conversados entre os ministros do Supremo, segundo o veículo.
Nesta tarde, a PGR disse em nota que Moraes autorizou a busca e apreensão contra os empresários, mas não intimou a procuradoria-geral sobre a decisão. O gabinete de Moraes negou a afirmação e rebateu às acusações.
Ainda segundo o JOTA, o empresário Meyer Nigri, dono da construtora Tecnisa e um dos alvos da operação, é amigo pessoal de Aras e inclusive foi citado no discurso do procurador-geral durante a posse na PGR.
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Foto: Antonio Augusto/Secom/PGR