Chefe do PCC tem cargo em consulado de Minas e é procurado

Chefe de facção criminosa é sucessor de Marcola no PCC ; MP identificou integrantes da nova cúpula.

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 15/09/2020 às 00:59 | Atualizado em: 15/09/2020 às 00:59

O chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Roberto de Almeida, está foragido da operação Sharks.

Conhecido como Tuta, entretanto, ele substitui no comando da facção o chefão Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.

Além disso, Tuta será investigado sobre ser funcionário do Consulado de Moçambique em Belo Horizonte. O consulado, por sua vez, também deve explicações.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) anunciou, nesta segunda-feira (14), que identificou 21 suspeitos. Todos fazem  parte da nova cúpula do PCC (na foto, um dos carros de luxo da facção).

A facção age dentro e fora dos presídios, conforme publicação do G1. 

Entre os identificados, contudo, está o novo chefe da facção, Tuta. Ele foi alvo da operação Sharks e segue foragido.

A operação foi desencadeada, nesta segunda, pelos promotores do MP-SP. Com ele, participou o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). 

O procurador-geral de Justiça, Mário Luiz Sarrubbo, explica como Tuta chegou ao comando do PCC.

 

Chefe da facção

De acordo com ele, Tuta assumiu o comando depois que Marcola foi transferido para um presídio federal, em fevereiro de 2019. 

De acordo ainda com o MP-SP, Tuta foi escolhido para assumir chefia da facção pelo próprio Marcola.

Além disso, o sucessor tem um cargo de adido do consulado de Moçambique em Belo Horizonte (MG).

O termo “adido”, entretanto, é usado para designar um agente diplomático que não é um diplomata de carreira. 

O G1 tentou, nesta segunda, contato com o consulado e advogados do foragido.

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Além de Tuta, o Ministério Público identificou outros 20 nomes da nova cúpula da facção.

Entre eles, três nomes que seriam o braço financeiro da organização criminosa. Eles administram o dinheiro oriundo do tráfico feito belo bando.

Entre os nomes que fazem parte do braço financeiro está uma mulher. Trata-se de Carla Luy  Riciotti Lima. Outros dois são Robson Sampaio Lima e José Carlos de Oliveira. 

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Fotos:  Divulgação/MP-SP