O governo da China resolveu segurar a liberação de insumos da produção de vacinas para o Brasil. Dessa forma, o Instituto Butantan e a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz ) estão seriamente ameaçados no abastecimento do imunizante.
Assim sendo, a campanha de vacinação fica também comprometida, pois as vacinas não serão suficientes para atender a demanda de brasileiros.
Em São Paulo, por exemplo, o estoque de ingrediente farmacêutico ativo (IFA), só permitirá a formulação e o envase até o fim de janeiro. O IFA é o princípio ativo da vacina chinesa (coronavac).
No Rio de Janeiro, de acordo com a Folha, a situação é pior em relação à vacina da britânica AstraZeneca, da Universidade de Oxford. A entrega do produto nem começou, apesar de ser esperada desde o final de 2020.
Por questões diplomáticas nem Butantan e nem Fiocruz comentam o assunto. Nesse contexto, a Embaixada do Brasil foi acionada em Pequim para tentar entender as razões para a retenção das cargas para o Brasil.
A Embaixada da China foi procurada a se manifestar, mas não respondeu até o momento.
Suposições
Conforme a Folha, ainda não há uma explicação clara, mas as suposições da retenção recaem sobre pressões nacionalistas da China acerca da vacina.
As suposições não são muito diferentes daquelas que tornaram um vexame a operação de trazer 2 milhões de doses prontas da vacina de Oxford da Índia pelo governo brasileiro.
Vale ressaltar que os dois países – China e Índia – estão em campanha de vacinação. E a Índia prioriza a imunização de sua população. Já a China, lida com novos focos da doença em províncias do norte.
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Foto: Erasmo Salomão/MS