“A Amazônia e seus habitantes estão ameaçados de extinção” enquanto houver o chamado “negacionismo climático”. O alerta foi feito nesta quinta-feira, dia 9, durante o Sínodo dos Bispos, no Vaticano, pelo climatologista brasileiro Carlos Nobre.
Para o pesquisador, o evento promovido pela Igreja Católica, que em 2019 debate temas relacionados à região, pode ser uma reação aos grupos de pessoas que não acreditam que o aquecimento global seja causado pela ação humana.
De acordo com o cientista, embora seja um evento religioso, a Igreja Católica pode ajudar a difundir a ideia de que é preciso manter a floresta em pé para que a região amazônica possa se desenvolver economicamente, de modo a promover uma “bioeconomia”.
“Infelizmente, estamos muito próximos de um colapso da floresta amazônica. A ciência vem apontando isso com muito rigor. A encíclica do Papa Francisco ‘Laudato si’ mostrou que nossa casa comum está no risco de desabar. E a Amazônia também próxima do colapso”, comentou Nobre.
O climatologista avalia que, se o total de desmatamento da Amazônia passar de 20 a 25% da área da floresta, será irreversível recuperá-la. Atualmente, cerca de 15% da Amazônia está desmatada.