Cientistas estĂ£o preocupados com anĂºncio de carnaval sem restriĂ§Ă£o

No entanto, segundo a epidemiologista da Uerj, Gulnar Azevedo, se a curva continuar desacelerando Ă© possĂ­vel realizar o carnaval

Cientistas estĂ£o preocupados com anĂºncio de Carnaval sem restriĂ§Ă£o

Da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas

Publicado em: 05/10/2021 Ă s 08:06 | Atualizado em: 05/10/2021 Ă s 08:06

Cientistas manifestam preocupaĂ§Ă£o com anĂºncio de carnaval sem restriĂ§Ă£o, no Rio de Janeiro. Eles alertam para o eventual risco de surgimento de novas variantes.

Conforme reportagem do Uol, trĂªs epidemiologistas questionam o tempo de proteĂ§Ă£o proporcionado pelas vacinas e criticam o prefeito Eduardo Paes (PSD) disse que a festa ocorrerĂ¡ normalmente na cidade.

Nesse sentido, o prefeito, baseia-se em decisĂ£o do ComitĂª CientĂ­fico da prefeitura, que tem carĂ¡ter consultivo, de vincular a reabertura das atividades econĂ´micas ao percentual de populaĂ§Ă£o adulta vacinada na capital.

Segundo Paes, praticamente todos os cariocas adultos estarĂ£o completamente imunizados atĂ© meados de novembro.

Dessa forma, o prefeito também usou esse dado para defender o passaporte de vacina. A medida foi alvo de uma guerra de liminares com bolsonaristas, mas foi respaldada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada.

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Nenhuma garantia

Os trĂªs especialistas ressaltam que afirmar hoje que haverĂ¡ carnaval sem restrições em março Ă© uma posiĂ§Ă£o bastante otimista. AlĂ©m disso, sem nenhuma garantia de que se concretizarĂ¡.

“NĂ£o temos como saber se haverĂ¡ uma nova variante que escape da proteĂ§Ă£o da vacina”, diz o epidemiologista Renato Kfouri.

Para ele, que Ă© diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, “Ă© um exercĂ­cio de futurologia garantir que o cenĂ¡rio epidemiolĂ³gico vai estar assim ou assado”.

Do mesmo modo, a epidemiologista Joana D’Arc Gonçalves diz que o cidadĂ£o deve avaliar os riscos que corre no Carnaval sem restriĂ§Ă£o.

“O governo tem que garantir a proteĂ§Ă£o coletiva. Ou entĂ£o vamos esperar um aumento de casos e pessoas em estado grave apĂ³s o Carnaval.”.

A mĂ©dica Gulnar Azevedo, professora de epidemiologia da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), alerta que a aglomeraĂ§Ă£o de milhões de pessoas em blocos, festas e na SapucaĂ­ pode provocar um novo pico da doença.

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Foto: DivulgaĂ§Ă£o/Hudson Pontes/Riotur