O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) responsabilizou o presidente Jair Bolsonaro por ter permitido que a situação no município cearense de Sobral, chegasse a um estado crítico, que teve como desfecho um ataque a tiros contra seu irmão, Cid Gomes . “Um canalha que transformou o Brasil numa república de canalhas”, esbravejou. A publicação é da Folha de S. Paulo, reproduzida pelo Jornal do Brasil.
Ciro, terceiro colocado nas eleições de 2018, defendeu que seu irmão, o senador licenciado Cid Gomes (PDT), agiu de maneira correta ao ter utilizado uma retroescavadeira para tentar acabar com uma mobilização de policiais de Sobral.
Atingido por dois tiros, Cid foi transferido para um hospital particular de Fortaleza nessa quinta-feira (20).
Na entrevista à Folha , o ex-governador do Ceará acusou o presidente de ter permitido que Sobral chegasse a estado crítico.
“O episódio se deve a uma impotência dos poderes constituídos em fazerem a Constituição Federal ser respeitada no Brasil e a um canalha que transformou a República do Brasil em uma república de canalhas que se chama Jair Messias Bolsonaro”, disse.
Ele afirmou que seu irmão tentava restabelecer a ordem em Sobral, após grupos de manifestantes circularem pela cidade fazendo ameaças à mão armada.
Segundo Ciro, ao chegar ao quartel policial, Cid tentou estabelecer diálogo com os amotinados e levou, inclusive, um soco no rosto.
“Todas as entidades dos policiais militares assinaram o acordo e há gravações dos pseudolíderes comemorando a vitória. E aí uma minoria resolveu se insurgir com violência e escolheu Sobral, evidentemente, porque é a nossa cidade, a intenção é claramente política de provocação”, disse.
Ação militar
Ao R7 , O deputado federal Capitão Wagner (Pros-CE ) defendeu a atuação dos policiais militares no motim que culminou com o senador Cid Gomes (PDT-CE) baleado. “Ele (Cid Gomes) estava errado, sem dúvida nenhuma. A atitude dele não foi atitude de senador, de autoridade, muito menos de cidadão”, afirma.
Tropas do Exército Brasileiro amanheceram, nesta sexta-feira (21), patrulhando as ruas de Fortaleza e Região Metropolitana da capital cearense, quarto dia de motim de policiais militares, segundo o G1 .
De acordo ainda com o portal da Globo, o Ceará registrou 51 assassinatos em 48 horas – mais de 1 por hora – em meio ao motim de policiais e bombeiros militares por aumento salarial.
A paralisação começou na noite de terça-feira (18).
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Foto: Reprodução/Ultrajano