Com manobras eleitoreiras, governo Bolsonaro deixa legado de gastança
Cálculo mostra que as 'bondades' de Jair Bolsonaro já têm um custo de R$ 82 bilhões para as contas do próximo governo

Mariane Veiga
Publicado em: 02/05/2022 às 17:49 | Atualizado em: 02/05/2022 às 17:55
O governo Jair Bolsonaro (PL) está deixando uma alta conta para ser paga no ano que vem, pelo seu próximo mandato ou para o próximo governante, e que pode gerar mais inflação. É o que informa o blog de Míriam Leitão.
As medidas são defensáveis, mas precisam ser sustentáveis. Por exemplo, a redução do IPI, feita para tentar compensar a alta inflação, gera um gasto de R$ 27,4 bilhões.
Diminuição de imposto é algo que todos gostam, mas é preciso saber qual o objetivo desta anistia. Deveria ser realizado numa reforma tributária, que o governo nunca fez. Ao contrário, sabotou a proposta de mudança de impostos que tramitava no Congresso na presidência de Rodrigo Maia, que lutou muito pela reforma tributária.
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O governo entrou no processo para confundir com propostas paralelas e acabou não fazendo nada.
Outro exemplo é o aumento da transferência para os mais pobres. O governo mudou o nome de Bolsa Família para Auxílio Brasil para mudar a marca e transmitir para os beneficiários que Bolsonaro é o dono da ideia. No entanto, todos sabem que quem criou o programa foi o ex-presidente Lula da Silva (PT), com ideias iniciais plantadas no governo Fernando Henrique.
O objetivo eleitoreiro é tão escancarado que o valor de R$ 400 irá até o final deste ano. É preciso saber como custear este reajuste, cortar e equilibrar os gastos. E a solução do governo é colocar acima do teto.
O jornal ‘Estado de São Paulo’ publicou uma matéria nesta segunda-feira em que calcula que as bondades do governo já têm um custo de R$ 82 bilhões para as contas do próximo governo.
O empréstimo às distribuidoras de energia vai bater no bolso dos consumidores nos próximos anos, por exemplo. São diversas manobras eleitoreiras que deixam um alto custo para o país.
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Foto: Alan Santos/Presidência da República