Golpe de Bolsonaro: comissão interroga e quebra sigilos de ex-ministro

A CPI investiga os atos golpistas ocorridos em Brasília

Por apoio a golpistas de Bolsonaro, cinco deputados podem não assumir

Ferreira Gabriel

Publicado em: 15/02/2023 às 09:08 | Atualizado em: 15/02/2023 às 09:08

Câmara do Distrito Federal aprovou medidas na primeira reunião realizada pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre atos golpistas.

Além da convocação do ex-secretário de segurança do DF, Anderson Torres, os deputados distritais aprovaram a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático.

A CPI investiga os atos golpistas ocorridos em Brasília nos dias 12 de dezembro do ano passado e 8 de janeiro deste ano.

Depoimento à PF

Em depoimento à PF (Polícia Federal) no último dia 2, Anderson Torres foi questionado sobre as medidas adotadas pela Secretaria da Segurança Pública do Distrito Federal em meio aos atos golpistas de 8 de janeiro, que culminaram na invasão e depredação das sedes dos três Poderes.

“Indagado se recebeu informações ou informe de inteligência sobre as manifestações que ocorreriam naquela data, respondeu que recebeu essas informações no dia 6, pela manhã. Que essas informações não indicavam ações radicais”, aponta trecho da oitiva.

Perícia da PF enviada ao STF (Supremo Tribunal Federal) no dia 9 deste mês mostra que Torres tentou barrar entrada de golpistas na sede da Suprema Corte.

“Não deixe chegar ao Supremo”, escreveu Anderson Torres ao delegado Fernando Oliveira em 8 de janeiro durante as invasões aos prédios dos Três Poderes.

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil