Comissão diz que Moro não pode advogar, mas tem salário de ministro
Comissão de Ética da Presidência orienta ex-ministro da Justiça da necessidade de cumprir quarentena de seis meses.

Publicado em: 02/06/2020 às 18:25 | Atualizado em: 02/06/2020 às 18:25
A Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro deve cumprir período de quarentena. Assim sendo, conforme decisão de hoje (12), ele continua a receber salário de ministro por seis meses.
De acordo com a legislação, o ex-ministro está liberado para dar aulas e escrever artigos no período. Não poderá, entretanto, trabalhar como advogado durante a quarentena, de acordo com publicação do G1.
A lei que dispõe sobre o conflito de interesse no serviço público diz que pessoas que tenham exercido cargo de ministro, entre outros no alto escalão do governo federal, devem respeitar a chamada “quarentena” de seis meses antes de assumir emprego no qual possam se valer de informação privilegiada.
Sergio Moro, contudo, tomou posse no cargo em 1º de janeiro de 2019 e anunciou a demissão há pouco mais de um mês, em 24 de abril.
Na ocasião, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro havia interferido na Polícia Federal. Por conseguinte, demitiu o então diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo, e ao cobrar a troca no comando da PF no Rio de Janeiro. Bolsonaro nega a interferência.
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Foto: Marcos Corrêa/PR/arquivo