O coronavírus volta a matar mais os idosos: 7 a cada grupo de 10. Esse é o levantamento da Fiocruz, divulgado ontem (19), mesmo com duas doses de vacina.
A circulação intensa do vírus no País explica o fato de o segmento mais vulnerável da população voltar a representar a maior parte dos óbitos pela infecção.
O boletim da Fiocruz também confirma que pela 8ª semana consecutiva foi observada redução do número de casos, internações e óbitos no País. Com informações do Notícias ao Minuto.
“Há novamente uma concentração de óbitos nas idades mais longevas, com completa reversão da transição da idade ocorrida nos meses anteriores”, informa o novo boletim.
Entretanto, isso não quer dizer que os imunizantes não funcionem, como frisam sempre os especialistas.
Pelo contrário, a vacinação reduz significativamente o número de casos graves e óbitos.
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Eficácia da vacina
Lembra, portanto, que nenhuma vacina, porém, é 100% eficaz.
Diante da alta circulação do vírus, é esperado que o número de casos e mortes aumente proporcionalmente na faixa etária mais vulnerável.
Além disso, é natural que a imunidade caia após alguns meses da vacinação. Por isso, cientistas pedem mais atenção às medidas de prevenção.
O aumento de infecções e óbitos entre idosos já vacinados levou o Ministério da Saúde a avaliar a aplicação de uma 3ª dose em grupos mais vulneráveis, como idosos.
Por exemplo, na quarta-feira, 18, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que o governo federal considere essa estratégia para quem tomou a Coronavac.
Óbitos
Ainda segundo o Notícias ao Minuto, em geral, em todo o País, os casos e óbitos pela covid vêm caindo de forma sustentada nas últimas oito semanas.
A taxa de mortalidade geral do Brasil diminuiu 0,9% ao dia. A taxa de incidência de casos de covid foi reduzida em 1,5% diariamente.
A exceção, no entanto, é o Rio, onde avança a variante Delta, que é mais transmissível.
No Estado, a ocupação dos leitos hospitalares destinados à infecção está em 70%. E já chega a 92% na capital.
“A sensação artificial de que a pandemia acabou é a responsável por um relaxamento das medidas de prevenção”, alertam os pesquisadores.
Foto: Divulgação/CNM