A infecção por coronavírus pode causar sequelas duradouras, conhecidas como Covid longa. Mas, além disso, o coronavírus também pode confundir o sistema imunológico, levando-o a atacar o próprio corpo, resultando em distúrbios autoimunes.
Ainda não está claro por que só algumas pessoas desenvolvem autoimunidade após a infecção por coronavírus, mas é possível que a resposta envolva dezenas de genes e um catalisador ambiental.
Os cientistas sabem há muito tempo que infecções podem levar o corpo a desenvolver doenças autoimunes.
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O vírus Epstein-Barr, causador da mononucleose, é um exemplo clássico disso: aproximadamente uma em cada dez pessoas que têm a doença desenvolve encefalomielite miálgica, também conhecida como síndrome da fadiga crônica.
Muitos outros patógenos também desencadeiam respostas autoimunes, mas só em algumas pessoas.
No caso da Covid, os cientistas acreditam que o vírus pode causar autoimunidade de duas maneiras:
Mimetismo molecular : O vírus pode imitar uma proteína humana, enganando potencialmente os anticorpos criados contra o vírus.
Persistência viral : O corpo pode nunca eliminar completamente o vírus, e a persistência do vírus – estando ele ativo ou só em fragmentos – pode manter o sistema imunológico em estado de alerta máximo, o que a longo prazo pode levar à autoimunidade.
Para tratar a Covid longa causada por autoimunidade, os pesquisadores estão investigando o uso de medicamentos antivirais, vacinas e anticorpos monoclonais.
Exemplo de caso de Covid longa com autoimunidade
Davida Wynn, uma enfermeira que contraiu o coronavírus em 2020, desenvolveu uma forma grave da doença e foi colocada em coma induzido por seis semanas.
Desde então, ela sofre de fadiga extrema, tontura e desmaios. Seus exames de sangue mostram um quadro de inflamação extrema, característico de doenças autoimunes.
Wynn é um exemplo de como a infecção por coronavírus pode causar sequelas duradouras, incluindo autoimunidade.
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