A CPI da covid-19 aprovou, nesta quarta-feira (11), a acareação do ministro do Trabalho e Emprego, Onyx Lorenzoni (DEM), e o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). A princípio, deve ocorrer no próximo dia 18 de agosto.
O requerimento, apresentado pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), destaca as manifestações divergentes do ministro e do deputado sobre as invoices – espécie de resumo de nota fiscal, com dados de importação e exportação – no caso da Covaxin.
“Desta forma, necessário que a CPI proceda à acareação entre ambos a fim de chegar à verdade dos fatos e encaminhar a responsabilização dos agentes culpados pelas mais de 565 mil mortes pela pandemia da Covid-19 no país”, justifica. A aprovação foi decidida durante almoço da cúpula da comissão.
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Miranda diz que houve três versões enviadas à negociação: a primeira conteria 300 mil unidades por US$ 45 milhões e pagamento antecipado, enviado em 18 de março; na segunda seriam 3 milhões de unidades e pagamento antecipado, em 19 de março; a terceira proposta seria a segunda, mas sem necessidade de pagamento antecipado.
Lorenzoni, por sua vez, exibiu a primeira versão do documento para argumentar que seria diferente do documento apresentado por Miranda, que seria a terceira proposta de compra.
A Covaxin é uma vacina produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech e negociado com o Ministério da Saúde, através da empresa intermediária Precisa Medicamentos. O governo empenhou o valor de R$ 1,6 bilhão para comprar o imunizante, mas, após o imbróglio, suspendeu o contrato.
A apreciação ocorreu durante o depoimento de Jailton Batista, diretor da Vitamedic Indústria Farmacêutica. O presidente da CPI da covid, Omar Aziz (PSD-AM), destacou que colocou em votação “diante da relevância e urgência do tema”.
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