O custo de internação de paciente com covid-19, em UTIs de hospitais que atendem a convênios médicos, subiu 187% desde o começo da pandemia.
O valor médio passou de R$ 34.200 em março de 2020 para R$ 97.328 em setembro deste ano, conforme levantamento da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) divulgado na quarta-feira (8).
A entidade reúne as 15 maiores operadoras do Brasil. Segundo a FenaSaúde, os dados foram coletados com seis operadoras associadas à federação, que representam 25% do total de beneficiários da saúde suplementar.
A organização cita dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) que mostram que os beneficiários de planos de saúde voltaram a solicitar a realização de procedimentos não urgentes.
Essa retomada, diz a FenaSaúde, já teve impacto nas operadoras, que pagaram a fornecedores, no 3º trimestre de 2021, o valor mais alto desde o começo de 2019: R$ 43 bilhões.
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“Os números divulgados recentemente pela ANS corroboram alertas que temos feito desde o primeiro semestre: a sinistralidade está em escalada, o que indica forte aumento das despesas assistenciais”, afirma a diretora-executiva da FenaSaúde, Vera Valente.
A sinistralidade é um índice calculado a partir da relação entre a quantidade de procedimentos realizados pelo beneficiário e o valor pago pela operadora a quem realizou o serviço.
No 3º trimestre deste ano, a sinistralidade ficou em 83%, 8 pontos percentuais maior que no começo de 2021. Projeção da ANS indica que, as operadoras podem encerrar 2021 essa taxa em 85.
“Assim como a redução do uso em 2021 resultou em queda das mensalidades neste ano, para 2022 o movimento, infelizmente, vai em direção contrária, com enorme pressão de custos que terá reflexos nos reajustes dos planos”, diz Vera.
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