O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta acertou-se com caciques do DEM para tentar viabilizar seu nome, e Ciro Gomes (PDT), em entrevista recente, declarou que sua missão é tirar o PT do segundo turno em 2022, num aceno óbvio para quem não quer a repetição do embate entre o partido de Lula e o de Bolsonaro na próxima eleição.
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Segundo matéria da Veja, nesse movimento do DEM, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) ligou para o apresentador Luciano Huck. E o assunto era o Planalto.
Após um jantar com caciques do DEM na casa do ex-deputado Pauderney Avelino (AM), em Brasília, no fim de semana passado, Mandetta recebeu permissão para testar a força de seu nome em nível nacional.
Ao falar com Huck, o ex-ministro reiterou que não estava assumindo uma pré-candidatura e pediu para que ele não ficasse melindrado com o movimento do partido, que era (ou é) uma das alternativas do apresentador, ainda sem filiação.
Antagonista do bolsonarismo, o ex-ministro terá o objetivo de impedir que o DEM seja tragado para a candidatura do presidente em 2022.
Embora o pleito ainda esteja um pouco distante, a fotografia do momento é ainda muito favorável à ambição de reeleição do presidente.
Um levantamento exclusivo do instituto Paraná Pesquisas encomendado por VEJA mostra que ele lidera com folga nos cinco cenários pesquisados e, apesar dos diversos passos em falso que dá, caminha para ir ao segundo turno. O trabalho mostra também que ainda não há um oponente claro ao capitão.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) lidera todos os cenários na disputa pela Presidência em 2022, segundo pesquisa do Instituto Paraná, divulgado nesta sexta-feira (05).
Em cinco eventuais disputadas, Sérgio Moro (sem partido) aparece na segunda colocação em três, enquanto os petista Lula e Fernando Haddad iriam ao segundo turno em duas suposições.
Em todos os cenários — que incluem também Henrique Mandetta (DEM), Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL), Luciano Huck (sem partido), João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB) e João Amoêdo (Novo) —, o atual mandatário aparece com mais de 30% das intenções de votos.
Em um primeiro cenário, Bolsonaro soma 31,9% dos votos, à frente de Moro (11,5%), Fernando Haddad (10,5%), Ciro (10%), Huck (8%), Doria (5,3%), Boulos (3,2%) e Amoedo (2,8%).
Em um cenário com Lula candidato, Bolsonaro lidera com 32,2%, na frente e Lula (18%), Moro (11,6%), Ciro (8,7%), Doria (5,3%), Boulos (3,5%), Amoêdo (3%) e Mandetta (1,4%).
Em uma disputa sem Lula e o apresentador da Rede Globo, Bolsonaro mantém a liderança com 33,9% dos votos, seguido por Moro (12,3%), Haddad (11,8%), Ciro (10,7%), Doria (6,3%), Boulos (3,2%) e Amoedo (3,2%). Já em uma eventual troca do candidato do PSDB pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, no lugar de Doria, a disputa é liderada por Bolsonaro com 32,4%, Moro (12%), Haddad (10,8%), Ciro (10,3%) Huck (8,7%), Boulos (3,2%), Amoêdo (3%), Leite (2,3%).
Na disputa sem o ex-ministro da Justiça, Bolsonaro lidera com 37,6%, à frente de Haddad (14,3%), Ciro (13%), Doria (6,9%), Amoêdo (3,9%) e Mandetta (2,7%).
A pesquisa foi realizada com 2.080 eleitores entre os dias 25 de fevereiro e 1º de março, em 26 Estados e o Distrito Federal. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
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Foto: Fabio Pozzebom/ABr