Delegados acusam Bolsonaro de desgastar Polícia Federal

Essa é a segunda manifestação da categoria contra o governo

Ferreira Gabriel

Publicado em: 05/07/2022 às 16:32 | Atualizado em: 05/07/2022 às 16:32

Associações que reúnem delegados da PF (Polícia Federal) divulgaram hoje nota conjunta em que criticam o governo federal por não ter cumprido a promessa de reestruturação de carreiras das forças de segurança da União.

Em dezembro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) havia afirmado que R$ 1,7 bilhão do Orçamento deste ano seria direcionado ao reajuste salarial para servidores da PF, da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional.

“O não cumprimento do compromisso firmado publicamente pelo presidente da República Jair Bolsonaro é a representação máxima do que esse governo significou para a segurança pública e seus servidores: descaso, desprestígio e desvalorização”, diz comunicado assinado pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) e Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol).

O ato das associações dá-se depois de o presidente não ter assinado uma medida provisória que reestruturaria a divisão de cargos e salários de servidores da PF, PRF e Depen, como havia prometido.

A lei eleitoral proíbe que mudanças como essa sejam feitas depois de 4 de julho. Com isso, eventuais alterações só podem ser feitas no ano que vem.

“Apesar de ter sido eleito com a bandeira da segurança e do combate à corrupção como maior trunfo da campanha em 2018, o presidente e sua equipe só trouxeram desgaste à imagem destas instituições e prejuízos aos policiais federais”, afirmaram.

Essa é a segunda manifestação da categoria contra o governo depois de, em abril deste ano, o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Marcus Firme, ter afirmado que o aumento salarial de 5% para todo o funcionalismo público federal não atendia às demandas dos profissionais de segurança pública.

A principal queixa do grupo é que o percentual não repõe as perdas inflacionárias nos últimos anos.

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Foto: Divulgação/ PF