Maior devedora do BNDES desiste de crédito com juros diferenciados

A maior tomadora de empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não vai mais se valer de sua influência de gigante entre as estatais para comprar bilhões de reais a “juros diferenciados” nos bancos públicos.

Foi o que disse o presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco (foto), por meio de sua assessoria de imprensa da estatal nesta sexta-feira (18), publicado no G1 Economia que traz a lista das 50 tomadoras de empréstimo.

A fala do executivo vem após o presidente Jair Bolsonaro divulgar em seu Twitter uma lista do BNDES com os 50 maiores tomadores de recursos da instituição desde 2004, liderada pela Petrobrás, com R$ 62,4 bilhões, entre empréstimos e operações de renda variável, o que representa cerca de 13% do total destinado aos 50 maiores clientes.

 “Acabou este ciclo em que a Petrobrás se valia de empréstimos de bancos públicos, com juros diferenciados, com o objetivo de financiar seus projetos. Entendemos que grandes empresas que dispõem de fácil acesso aos mercados financeiros não precisam ser subsidiadas com recursos públicos que deveriam ser investidos em programas em prol da sociedade”, disse Castello Branco, de acordo com a assessoria.

Lista do BNDES

O BNDES divulgou a lista dos seus 50 maiores clientes e todas as operações com eles realizadas nos últimos 15 anos.

Desde 2004, figuram entre os cinco maiores clientes do banco. Além da Petrobrás, a Embraer, Norte Energia, Vale e a construtora Odebrecht.

Juntas, essas 50 empresas tomaram um valor de R$ 482,8 bilhões em empréstimos desde 2004.

A Petrobrás lidera a lista com um valor de R$ 62,429 bilhões, o que representa cerca de 13% do total destinado aos 50 maiores clientes.

O novo presidente do BNDES, Joaquim Levy, disse na terça- feira (8) que sua gestão terá foco na transparência e no apoio a médias empresas.

“Não há país com uma livre iniciava forte que não tenha empresas médias fortes”, falou em cerimônia de transmissão do cargo no Teatro BNDES, no Rio de Janeiro.

Foto: Fernando Frazão/ABr