A “doença da urina preta”, que começou no Amazonas, já tem registro de casos suspeitos em outros três estados. Até essa quinta-feira (9), a doença, conhecida também como Síndrome de Haff, teria infectado 61 amazonenses tanto na capital quanto no interior. Os casos estão sob análise.
Dessa forma, mais um caso suspeito da doença da urina preta, é investigado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa).
A última notificação ocorreu em Trairão, no sudoeste do Pará, informou a Sespa no início da tarde desta sexta-feira (10).
A secretaria e também a prefeitura de Trairão não divulgaram detalhes sobre o estado de saúde do paciente, nem há quanto tempo a pessoa teria ingerido pescado e apresentado os sintomas.
Além da suspeita em Trairão, outro paciente foi internado com suspeita da doença em Belém.
Em Santarém , onde houve o primeiro caso suspeito no estado, um homem morreu enquanto estava internado.
O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) aguarda análise de materiais coletados dos pacientes e dos pescadores para saber se os casos são ou não de urina preta. O prazo para o resultado não foi informado.
Inspeção sanitária
Na cidade de Vitória do Xingu, sudoeste do Pará, o consumo de peixes do rio Amazonas foi suspenso. No oeste do estado, alguns municípios emitiram alertas sobre o consumo.
Segundo a Sespa, os municípios têm sido orientados para que aumentem a fiscalização e reforçou que a possível proibição de comércio ou consumo cabe às cidades.
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O que é Síndrome de Haff
A síndrome está associada ao consumo de peixes como arabaiana, conhecido como olho de boi, badejo, tambaqui ou crustáceos.
No Recife, capital pernambucana, duas irmãs foram internadas com sintomas da doença, após comerem o peixe arabaiana. Os médicos, contudo, confirmaram o diagnóstico da doença da urina preta.
No Ceará , a Secretaria da Saúde (Sesa) investiga a ocorrência de nove casos suspeitos da doença.
Os números dizem respeito até o dia 21 de agosto e aguardam confirmação laboratorial da toxina presente em peixes possivelmente contaminados.
A doença é causada pela ingestão de pescado contaminado por uma toxina capaz de causar necrose dos músculos.
Outros sintomas da doença são decorrentes desse quadro, como dores e rigidez no corpo, dificuldade de respirar e a urina escura, e podem aparecer entre 2h e 24h após o consumo.
Com informações do G1
Foto: FVS-AM/divulgação