Dois mil voluntários de SP iniciam testes de vacina do coronavírus
Testes com voluntários no Brasil contribuirão para registro da vacina

Mariane Veiga
Publicado em: 23/06/2020 às 10:39 | Atualizado em: 23/06/2020 às 12:47
Os testes em voluntários brasileiros da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, contra o novo coronavírus, tiveram início no último fim de semana.
Conforme a Fundação Lemann, que financia o projeto, os ensaios acontecem na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Os testes da vacina ChAdOx1 nCoV-19 no Brasil foram anunciados no início do mês e deverão contar, de acordo com a Unifesp, com dois mil voluntários em São Paulo e com mil no Rio de Janeiro, onde serão realizados pela Rede D’Or.
“A Fundação Lemann teve a oportunidade de celebrar com os parceiros envolvidos e especialistas responsáveis, o início dos testes em São Paulo para a vacina ChAdOx1 nCoV-19”, informou a Lemann.
Segundo a Unifesp, os voluntários em São Paulo serão profissionais de saúde entre 18 e 55 anos e outros funcionários que atuam no Hospital São Paulo.
Registro deve sair este ano
No início do mês, a Unifesp informou que os testes com brasileiros contribuirão para o registro da vacina no Reino Unido, previsto para o fim deste ano.
O registro formal, entretanto, só ocorrerá após o fim dos estudos em todos os países participantes.
A vacina, cujo pedido de testes no Brasil foi feito à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pela farmacêutica AstraZeneca, está atualmente na fase 3 de testes.
O que significa que a vacina encontra-se entre os estágios mais avançados de desenvolvimento, conforme a Unifesp.
O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford.
No entanto, um dos motivos que levaram à escolha foi o fato de a pandemia estar em ascensão no país.
Outra vacina contra o vírus, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac, deverá começar a ser testada no Brasil no mês que vem, em parceria com o Instituto Butantan.
Este teste, segundo o instituto, será financiado pelo governo paulista e deverá contar com nove mil voluntários.
Caso a vacina seja bem-sucedida, o acordo prevê a possibilidade ser produzida pelo instituto.
Fonte: Agência Brasil
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