O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), advertiu, nesta sexta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro, no caso da compra da vacina chinesa.
Doria exige que o governo federal compre os 46 milhões de doses da vacina CoronaVac . A compra ficou acordada com o Ministério da Saúde (na foto, Maia e Doria, à direita ).
Entretanto, Bolsonaro mandou suspender a compra por falta de comprovação científica.
A advertência do governador foi feita durante entrevista na sede do governo paulista. Doria confirmou, na ocasião, a criação de seis centros de pesquisa científica. Trata-se, portanto, de unidades de testagem e desenvolvimento da CoronaVac.
De acordo com ele, já estão em fase final os estudos clínicos de segurança e eficácia contra o coronavírus (covid-19) .
Da mesma entrevista participaram o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o diretor do Instituto Butatan , Dimas Covas.
Pregação de Maia
Enquanto Maia prega o diálogo entre as partes, Doria e Bolsonaro trocam farpas por causa da vacina oriunda da China.
“Eu espero que, através do diálogo, a gente possa construir a solução. Não apenas para São Paulo, mas para todos os brasileiros que precisam dessa vacina e das outras – da [vacina] de Oxford, vacinas que estiverem prontas –, para que a gente possa garantir proteção, principalmente ao grupo de risco”, afirmou Maia.
Embora diga estar disposto a dialogar com o presidente, Doria o instiga quando fala da compra da vacina.
O governador diz, em seguida, não admitir discriminação ao estado de São Paulo. E caso isso venha a acontecer, no entanto, ele diz qual caminho tomará.
Veja o vídeo:
Bolsonaro disse, nessa quinta-feira (22), que João Doria é autoritário e o chamou de “nanico projeto de ditador”. O presidente se referia, porém, à postura do tucano de querer impor a vacinação em São Paulo.
“A vacina, que é o tema do momento, é a proteção à vida e um direito de todos os brasileiros”, prosseguiu Doria.
“No caso da pandemia, a vacina é o único caminho para a retomada total da economia, do ensino presencial, de eventos de grande público, do turismo e da volta à normalidade”, enfatizou o governador.
Com informações do Governo de São Paulo e do G1
Foto: Governo de São Paulo/print de tela