Doria volta a provocar e dá ultimato a Bolsonaro na economia

João Doria já havia provocado Bolsonaro na quarta (25) por causa também dos impactos do coronavírus na economia.

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Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 26/03/2020 às 16:59 | Atualizado em: 26/03/2020 às 16:59

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a provocar o presidente Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (26). De acordo com o tucano, o ultimato é de 72 horas por soluções na área econômica. Segundo Doria, a cobrança é por causa dos prejuízos causados pelo coronavírus  nos estados. 

Quem fez a mesma cobrança no mesmo tom foi o governador Wilson Witzel (PSC), também nesta quinta. Leia aqui. 

Na contramão do que tem defendido Bolsonaro, o governo paulista não descartou um endurecimento das medidas de restrição. Entre elas, isolamento geral, conforme publicação do O Globo. 

Por seu lado, Bolsonaro tem dado seguidas declarações questionando a quarentena determinada por governadores. Todavia, os estados são contra a propagação da doença em razão dos impactos negativos na economia. 

Em entrevista coletiva nesta tarde, Doria confirmou a continuidade da quarentena no estado até 7 de abril. De acordo com ele, a abordagem policial não está descartada a idosos que decidirem não atender a recomendação de isolamento em casa.  

Nesse sentido, o cerco aos moradores com mais de 60 anos foi assunto de uma conversa do governador com o prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB). 

 

Confronto 

A reafirmação das medidas restritivas acontece um dia depois dos governadores dos 26 estados e do Distrito Federal se reunirem em videoconferência para reafirmar a posição de manter distanciamento social e parte do setor produtivo parado para combater o novo coronavírus. Nessa videoconferência, Bolsonaro respondeu a uma provocação de Doria (na foto, com Bolsonaro já na Presidência da República). 

Desde a terça-feira o presidente Jair Bolsonaro tem defendido um afrouxamento das medidas adotadas na última semana por conta do impacto para a economia do país.  

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Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República/arquivo