Em evento da Folha, economista critica ZFM e é vaiado em Manaus

Neuton Correa
Publicado em: 28/11/2017 às 11:15 | Atualizado em: 28/11/2017 às 11:19
Com “território inimigo” ocupado em Manaus pelo jornal Folha de S.Paulo, que ontem realizou no shopping Manauara o seminário “O futuro da Amazônia”, com a participação de especialistas e autoridades da região, economista do Sudeste, região que publicamente não aceita o desenvolvimento industrial de outras, tornou frontal aquilo que costumam fazer pelas costas: atacar a Zona Franca de Manaus (ZFM).
Foi Roberto Castello Branco, economista e diretor da FGV Crescimento e Desenvolvimento, centro de estudos da Fundação Getúlio Vargas e ex-diretor do Banco Central do Brasil.
Em mesa de debate com a presença do prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), o economista falou que a ZFM recebe benefícios fiscais e que oferece retorno questionáveis.
Castello Branco criticou ainda o fato de o polo não exportar seus produtos e produzir apenas bens duráveis, sujeitos à volatilidade dos ciclos econômicos. “Cinquenta anos é tempo suficiente para avaliar os resultados de um projeto. O Brasil moderno não suporta mais que se tire recursos da sociedade para fazer gastos improdutivos.”
Ao citar dados sobre a região, Castello Branco foi contestado ostensivamente pela plateia e foi vaiado demoradamente.
O ex-superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa) Thomaz Nogueira chegou a se manifestar do meio do público e fez o expositor se calar, quando pediu que ele separasse os dados dos demais estados.
O prefeito de Manaus (na foto) também reagiu dizendo que a visão do economista estava equivocada e arrancou aplausos.
A Folha de S. Paulo registro o episódio. Acesse-o.
Foto: BNC