Embaixador russo vai à Anvisa destravar compra da vacina Sputnik
A ideia é que a Anvisa autorize a vacina russa, de forma emergencial, sem que os técnicos visitem Moscou para conhecer os aspectos do imunizante. Amazonas vai comprar 1 milhão de doses

Aguinaldo Rodrigues, da Redação do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 07/04/2021 às 20:17 | Atualizado em: 07/04/2021 às 20:17
O novo embaixador da Rússia, no Brasil, Alexey Labetskiy, fará uma visita à Anvisa, na próxima sexta-feira, dia 9, para tentar destravar as negociações entre o governo federal e os governos de 14 estados, incluindo o Amazonas, para aquisição da vacina Sputnik V contra o coronavírus (covid-19).
A informação foi passada ao presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Rússia, deputado federal Átila Lins (PP-AM), nesta quarta-feira (7).
De acordo com o embaixador russo (na foto com Átila Lins), a recente conversa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai facilitar as negociações da liberação mais rápida da vacina Sputnik.
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“Essas negociações, por meio de intermediações diplomáticas entre os governos do Brasil e da Rússia, são necessárias visto que o consórcio dos governos estaduais, com cerca de 14 estados participantes, incluindo o Amazonas, vai importar 60 milhões de doses da vacina Sputnik V, sendo 1 milhão de doses para o nosso estado, conforme acertado pelo governador Wilson Lima”, informou Átila Lins.
Uso emergencial
Ao embaixador Alexey Labetskiy, Átila Lins fez um apelo político no sentido de regularizar, junto à Anvisa, a documentação para ser aprovado o uso emergencial, sem precisar de uma visita dos técnicos da agência reguladora à fábrica da Sputnik em Moscou.
“Temos urgência que as vacinas comecem a atender a população brasileira. A visita a Moscou pode acontecer, até porque o Brasil vai produzir essas vacinas através da empresa União Química, sediada em Brasília, mas, que não seja fator impeditivo para a Anvisa autorizar o uso emergencial que já ocorre em 60 países”, destacou o representante do grupo parlamentar brasileiro.
Foto: divulgação/assessoria