Embrapa enfrenta crise sem precedentes em 45 anos de história

Israel Conte

Publicado em: 21/01/2018 às 14:02 | Atualizado em: 21/01/2018 às 15:58

A maior instituição pública de pesquisa do País e responsável pela tropicalização de culturas como a soja, a Embrapa, enfrenta uma crise política, orçamentária e científica sem precedentes em seus quase 45 anos de história, a serem completados em abril.

Seu orçamento de R$ 3,5 bilhões, ameaçado por um corte estimado em mais de 20% em 2018, é 85% consumido com pagamento de salários e benefícios dos 9,6 mil funcionários. As despesas com pesquisa (R$ 66,8 milhões) representaram 2% dos gastos em 2017.

Recentemente, a estatal passou a ser criticada internamente por pesquisadores e até pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi. Ele costuma dizer que a Embrapa “vive dos louros do passado”.

A saída para a crise também é polêmica e passa por uma reestruturação completa na empresa. Estão previstas desde medidas simples, como a redução de linhas de ônibus destinadas ao transporte de funcionários em sua sede, em Brasília, às mais radicais, como o fim de unidades, redução de centros de pesquisas e um Programa de Desligamento Incentivado (PDI) para reduzir em até 20% gastos com pessoal.

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Foto: Nepci/Ufam