Aproximadamente 14 mil famílias receberam ajuda humanitária do Governo do Amazonas neste período em que o nível dos rios inundou cidades e comunidades interioranas.
O estado entrou com a primeira fase da Operação Enchente em 15 municípios das calhas dos rios Juruá, Purus e Madeira.
As famílias receberam da Defesa Civil cestas básicas, kits de higiene e limpeza, redes, mosquiteiros, colchões, jogos de cama, travesseiros e ainda 92 purificadores de água do projeto Salta-Z. As informações estão na Agência Brasil.
O investimento foi de mais de R$ 8 milhões.
Para o secretário-executivo da Defesa Civil do Amazonas, tenente-coronel Francisco Máximo, o planejamento antecipado da operação permitiu uma resposta rápida à população afetada pela cheia.
O atendimento foi em tempo recorde, disse Máximo, citando relatos dos próprios prefeitos.
“Essa ajuda costumava chegar em agosto, e muitas vezes o volume das águas já estava até baixando. Conseguimos atender 15 municípios de forma rápida. Neste ano, de forma inovadora, levamos purificadores de água coletivos”.
Atualmente, dos 61 municípios amazonenses, 46 estão em situação de emergência por causa da cheia dos rios.
Alguns exigem mais atenção da Defesa Civil, como é o caso de Anamã, na calha do Solimões, que está 100% debaixo d´água.
De acordo com Francisco Máximo, o atendimento do hospital da cidade precisou ser transferido para uma balsa enviada pela Secretaria de Estado de Saúde.
“Anamã é um município que vem sofrendo há oito anos quando temos esses invernos rigorosos. A cidade fica totalmente debaixo d’água”.
Máximo informou que, das nove calhas do Amazonas, três já apresentam sinais de descida e seis devem continuar subindo até meados de julho.
Segunda investida
A Defesa Civil está preparando a segunda fase da Operação Enchente e prevê a distribuição de mais 200 purificadores que vão permitir o consumo permanente de água potável pelas comunidades afetadas pela cheia.
O sistema Salta-Z dos purificadores, desenvolvido por servidores da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), segue o princípio da sustentabilidade com o uso de materiais ecologicamente corretos.
O equipamento custa cerca de 25% menos que os modelos tradicionais e consegue atender a necessidade de consumo de mil pessoas por dia para beber e cozinhar.
Foto: Defesa Civil Amazonas