Os números de internações de pacientes com insuficiência respiratória grave voltaram a subir.
A informação preocupante vem de estados que registravam queda consistente.
O dados são da Fiocruz.
Eles mostram que o Amapá, o Maranhão, o Ceará e o Rio de Janeiro dão sinais do que pode ser o início da chamada segunda onda da covid-19 em seus territórios.
O Amapá registrou o pico de internações entre 3 e 9 de maio — foram 65 casos naquela semana. Verificou queda de 46% e chegou a 35 casos.
Agora, voltou a subir, para 59.
O Maranhão registrou 378 casos na semana de pico, caiu para 150.
E agora voltou a subir, para 167 internações.
O Ceará passou de 2.048 casos para 813 — e registrou 871 na semana passada. Já o Rio chegou a 2.844 internações em sua pior semana, baixou 60%, para 1.154 —e voltou a 1.367 entre 12 e 18 de julho.
“Os estados apresentavam queda, mas ainda tinham níveis altos de casos. E agora voltam a subir”, diz o pesquisador Marcelo Gomes, da Fiocruz, que coordena o Infogripe.
“É preciso avaliar se há um salto por causa da retomada econômica, se há interiorização dos casos ou se são as duas coisas combinadas.”
O sistema da Fiocruz, em parceria com o Ministério da Saúde, monitora os dados da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil.
Ela pode ser causada por vários vírus. Em meio à epidemia, no entanto, 96,7% dos casos confirmados de internação são de Covid-19.
O Infogripe foi o primeiro sistema a acender o sinal de alerta de que havia uma explosão de internações por problemas respiratórios no país, ainda em março.
Leia mais na coluna de Mônica Bergamo, na Folha.
Foto: BNC Amazonas