Governos de oito estados e o Distrito Federal se posicionaram, nesta segunda-feira (11), a inclusão na lista de “serviços essenciais” das atividades de salões de beleza, barbearias e academias de esportes.
O decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro foi publicado em edição extra do “Diário Oficial da União.
Afirmaram que não irão seguir as novas diretrizes:
Rui Costa, governador da Bahia
Camilo Santana, governador do Ceará
Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal
Helder Barbalho, governador do Pará
João Azevêdo, governador da Paraíba
Paulo Câmara, governador de Pernambuco
Wellington Dias, governador do Piauí
Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro
Givaldo Ricardo, superintendente de comunicação do governo de Sergipe
Bolsonaro incluiu as atividades de salões de beleza, barbearias e academias de esportes na lista de “serviços essenciais”.
Isso significa que, no entendimento do governo federal, as atividades podem ser mantidas mesmo durante a pandemia do coronavírus.
Com essa inclusão, o número de atividades consideradas essenciais chegou a 57.
Ministro surpreendido
A medida surpreendeu o ministro da saúde, Nelson Teich, durante entrevista coletiva.
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“O que eu acho hoje é o seguinte: se você criar um fluxo que impeça que as pessoas se contaminem, e se você criar condições e pré-requisitos para que você não exponha as pessoas ao risco de contaminação, você pode trabalhar retorno de alguma coisa”, disse Teich.
“Agora, tratar isso como essencial é um passo inicial, que foi uma decisão do presidente, que ele decidiu isso aí. Saiu hoje isso? Decisão de?”, comentou.
“A decisão de atividades essenciais é uma coisa definida pelo Ministério da Economia. E o que eu realmente acredito é que qualquer decisão que envolva a definição como essencial ou não, ela passa pela tua capacidade de fazer isso de uma forma que proteja as pessoas. Só para deixar claro que isso é uma decisão do Ministério da Economia. Não é nossa”, completou o ministro.
Presidente diz que não burla
Questionado, o presidente negou que as sucessivas inclusões na lista de serviços essenciais sejam uma tentativa de burlar as regras locais.
“Eu não burlo nada. Se você está me acusando disso, você me desculpa, você se equivocou aí. Saúde é vida”, disse Bolsonaro.
“Quem está em casa, agora como sedentário, por exemplo, está aumentando o colesterol dele, problema de estresse, um monte de problema acontece”, continuou.
“Se ele puder ir numa academia, logicamente, de acordo com as normas do Ministério da Saúde, ele vai ter uma vida mais saudável”, argumentou.
Bolsonaro também foi questionado se deseja incluir outros serviços no rol de atividades essenciais.
“Se eu tenho na cabeça? Tenho. Vamos esperar o que acontece nessas de hoje para a gente publicar esse demais aí”, afirmou, sem especificar quais seriam as atividades em estudo.
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Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República