Estudo indica que coronavírus prejudica a atividade cerebral

Conforme o estudo, metade dos pacientes de coronavírus relataram sintomas como dores de cabeça, confusão e delírio

Médico voluntário coronavírus Manaus

Mariane Veiga

Publicado em: 14/09/2020 às 12:15 | Atualizado em: 14/09/2020 às 12:27

Pesquisa da Universidade de Yale (EUA) aponta que o novo coronavírus (covid-19) prejudica a atividade cerebral, além de atingir os pulmões, os rins, o fígado e os vasos sanguíneos.

O estudo, divulgado na quarta-feira (9) e publicado pelo jornal The New York Times, oferece a primeira evidência de que, em algumas pessoas, o vírus “sequestra” os neurônios para se multiplicar, mas não os destrói.

Em vez disso, sufoca as células absorvendo todo o oxigênio ao redor dos tecidos neurológicos, até matá-las.

 

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Conforme o estudo, metade dos pacientes pesquisados relataram sintomas como dores de cabeça, confusão e delírio.

“Se o cérebro for infectado, pode ter uma consequência letal”, disse Akiko Iwasaki, imunologista da Yale.

Ainda não está claro como o vírus chega ao cérebro ou a frequência desse rastro de destruição nos neurônios.

Os cientistas recorreram a imagens cerebrais e nos sintomas dos pacientes para deduzir efeitos sobre o sistema neurológico.

“Não tínhamos visto muitas evidências de que o vírus pode contaminar o cérebro, embora soubéssemos que era uma possibilidade potencial”, afirmou o neurologista Michael Zandi.

Em julho, Zandi publicou pesquisas mostrando pacientes de covid-19 que desenvolveram complicações neurológicas graves, incluindo danos nos nervos.

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Foto: Breno Esaki/Agência Saúde