Europeus proíbem uso de vacina da AstraZeneca e contrariam OMS
Quatro países disseram que a medida foi tomada por “precaução” e que é devido aos relatos de formação de coágulos sanguíneos em quem recebeu a vacina

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 15/03/2021 às 14:21 | Atualizado em: 15/03/2021 às 16:42
Os governos de Alemanha, Itália, França e Espanha anunciaram, nesta segunda-feira (15), que suspenderão o uso da vacina contra coronavírus (covid-19) desenvolvida pela farmacêutica britânica AstraZeneca e a Universidade de Oxford.
Os quatro países disseram que a medida foi tomada por “precaução”. De acordo com publicação do Valor Econômico, a medida é devido aos relatos de formação de coágulos sanguíneos em quem recebeu o imunizante.
Em nota, o governo da Alemanha afirmou que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), o órgão regulador do setor na União Europeia (UE), decidirá “se as novas informações afetarão a autorização da vacina”
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que a aplicação do imunizante será suspensa até terça-feira (16).
Nesse dia, conforme Valor, a EMA deve se pronunciar sobre os casos de formação de coágulos.
A decisão da Espanha foi tomada durante uma reunião entre a ministra da Saúde, Carolina Darias, e representantes dos governos regionais, segundo a imprensa espanhola.
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O anúncio oficial deve ocorrer nas próximas horas. O uso do imunizante será suspenso por 15 dias, como medida de “precaução”.
Coágulos
Vários países europeus suspenderam total ou parcialmente a aplicação da vacina da AstraZeneca por causa dos casos de formação de coágulos sanguíneos.
A Itália já havia interrompido a aplicação de um lote específico do imunizante na semana passada.
Outros países, como o Reino Unido, defenderam a segurança da vacina e mantêm seu uso.
Na semana passada, tanto a EMA quanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) disseram que não havia evidências entre a formação dos coágulos e a vacina da AstraZeneca.
A OMS recomendou que as doses do imunizante continuem sendo aplicadas normalmente.
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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil