Exército só puniu mesmo coronel que mandou generais ‘tomar no c*’

O coronel foi indiciado por injúria contra os integrantes do Alto-Comando da Força Terrestre e por ofensa contra as Forças Armadas

Publicado em: 14/01/2023 às 19:01 | Atualizado em: 14/01/2023 às 19:14

O coronel da reserva Adriano Testoni foi indiciado por injúria contra os integrantes do Alto-Comando da Força Terrestre e por ofensa contra as Forças Armadas, ambos crimes previstos no Código Penal Militar.

Nas formas agravadas dos delitos, o oficial pode pegar até dois anos de prisão.

Em apenas três dias, o Comando Militar do Planalto (CMP) concluiu nesta sexta (13) o primeiro inquérito policial militar instaurado para apurar fatos relacionados ao ataque às sedes dos três Poderes, no domingo passado, 8, em Brasília.

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A solução do inquérito foi dada pelo general Gustavo Dutra, comandante militar do Planalto, que enviou o IPM ao Ministério Público Militar (MPM), que vai analisar a conduta descrita nos autos para denunciar o coronel.

“A celeridade da apuração serve de recado do Comando do Exército ao público interno de que não ficarão impunes atos de indisciplina e eventuais crimes praticados no domingo”.

Oficial da Arma de Infantaria, Testoni participou da marcha sobre a Esplanada e divulgou dois vídeos em redes sociais com ofendendo o Exército e xingando generais do Alto-Comando e de sua turma da Academia das Agulhas Negras (1987).

“Forças Armadas filhas da p… Bando de generais filhos da p… Vanguardeiros de m… Covardes. Olha o que está acontecendo com a gente. Freire Gomes (ex-comandante do Exército), filho da p… Alto-Comando do c…. Olha aqui o povo, minha esposa. Esse nosso Exército é uma m… Vão tudo tomar no c…”, esbravejou o coronel enquanto se retirava da Esplanada, após a PM usar gás lacrimogêneo contra os extremistas. Ele aparecia abraçado com sua mulher.

Em seguida, o coronel, que é guerreiro de selva e tem o curso de montanha, divulgou um segundo vídeo com ofensas.

Ele foi demitido na segunda-feira do Hospital das Forças Armadas, onde era contratado como prestador de serviço por tempo determinado.

Conforme o Estadão, a conduta foi reprovada de forma generalizada pelos oficiais.

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Foto: Divulgação