Facebook desativa reconhecimento facial e apaga impressões faciais

Em razão do aumento das preocupações com o uso indevido dessas tecnologias por governos, polícias e agências de inteligência

Facebook desativa reconhecimento facial e apaga impressões faciais

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 03/11/2021 às 11:09 | Atualizado em: 03/11/2021 às 11:09

O Facebook anunciou ontem (02) que vai desativar seu sistema de reconhecimento facial. Bem como apagará impressões faciais de mais de um bilhão de pessoas.

Isso é em razão do aumento das preocupações com o uso indevido dessas tecnologias por governos, polícias e agências de inteligência.

De acordo com o portal Dom Total, a decisão ocorre após algumas semanas conturbadas para o Facebook.

Há poucos dias, houve o anúncio da mudança de nome da empresa que administra a rede social e outras ramificações, que passou a se chamar Meta Platforms Inc.

A mudança, segundo os diretores, ajudará a empresa a se dedicar cada vez mais para o desenvolvimento de tecnologias voltadas para o chamado metaverso.

Como resultado, essa é uma nova forma de interatividade que poderá ser o futuro da internet.

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Crise

Contudo, o Facebook atravessa aquela que pode ser sua pior crise de imagem desde sua fundação.

Documentos vazados pela ex-gerente de produtos Frances Haugen revelaram que a empresa sabia que algumas de suas plataformas causavam danos aos usuários, sem que tivesse feito nada – ou muito pouco – para eliminar o problema.

Mais de um terço dos usuários ativos diariamente no Facebook concordaram em utilizar o sistema de reconhecimento facial. Isso equivaleria a 640 milhões de pessoas.

Recentemente, porém, o Facebook começou a diminuir a aplicação dessa ferramenta, depois de mais de uma década desde que a introduziu.

Desse modo, os dados podem acabar sendo fornecidos para sistemas de rastreamento de pessoas, afirma Nathan Wessler da União Americana das Liberdades Civis (Aclu).

A Aclu luta contra o Facebook e outras companhias que utilizam essas tecnologias.

“Isso é um reconhecimento de enorme relevância de que essa tecnologia é inerentemente perigosa”, observou.

Leia mais no Dom Total.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil