Fala de ditador italiano viraliza e é comparada a comentário de Bolsonaro

A foto do jornal já havia circulado nas redes sociais no começo do ano, quando Bolsonaro fez outro comentário do gênero

Fala de ditador italiano viraliza e é comparada a comentário de Bolsonaro

Ednilson Maciel

Publicado em: 29/08/2021 às 09:44 | Atualizado em: 29/08/2021 às 09:50

Uma imagem da capa do jornal Correio da Manhã, de 1937, voltou a viralizar nas redes sociais. Isso ocorreu após o comentário do presidente Jair Bolsonaro: “Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado”.

Na manchete: “Mussolini diz que só um povo armado é forte e livre”. A foto do jornal já havia circulado nas redes sociais no começo do ano, quando Bolsonaro fez outro comentário do gênero.

A ideia também foi compartilhada por Hugo Chávez, explica o historiador Federico Finchelstein, especialista em fascismo e populismo.

Ou seja, o venezuelano chegou a defender que meio milhão de pessoas se armasse para impedir uma suposta invasão dos Estados Unidos, diz Federico. A informação é do DOL.

O historiador também lembra o lobby pró-arma nos Estados Unidos, que fez a liberdade virar sinônimo de portar armas. Alguns grupos diziam que se os judeus portassem armas, teriam evitado o holocausto.

Ainda segundo Finchelstein, a origem das milícias fascistas ocorreu tanto na Itália de Mussolini, quanto na Alemanha de Hitler.

“A SA e a SS eram civis armados dentro do partido nazista que depois foram incorporados ao Estado”, explica o historiador.

Ele afirma ser normal a formação de grupos paramilitares em ditaduras. Assim como ressalta que outro elemento que aproxima o presidente brasileiro do fascismo é “a defesa da violência como um fim em si mesmo”.

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Mussolini

Benito Amilcare Andrea Mussolini foi um político italiano conhecido, principalmente pela participação na Segunda Guerra e por ter sido, durante anos, o ditador — Duce — da Itália fascista.

A carreira política de Mussolini foi marcada pela defesa do fascismo, do nacionalismo e do corporativismo, bandeiras importantes das políticas de extrema-direita no mundo todo.

Ele morreu fuzilado em praça pública.

Foto: Reprodução/Twitter