Acusada de falso testemunho, delatora vira ré na Lava Jato

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 20/09/2019 às 15:20 | Atualizado em: 20/09/2019 às 15:26
A doleira Nelma Kodama virou ré no último mês sob acusação de falso testemunho em inquérito relacionado à operação Lava Jato. Ela foi a primeira mulher condenada nessa operação e firmou acordo de colaboração premiada em 2016. As informações estão na Folha UOL.
A acusação, segundo apuração do UOL, feita em denúncia apresentada pela procuradora da República Yara da Silva Sprada, foi aceita no dia 14 de agosto pelo juiz Luiz Antônio Bonat, que assumiu a 13ª Vara Federal do Paraná após a saída de Sergio Moro.
Segundo o Ministério Público Federal, a doleira fez as declarações que agora estão em xeque no ano de 2015, no âmbito de um inquérito que apurava a suspeita de que um grupo de delegados e advogados produziu um dossiê contrário à Lava Jato. Esse inquérito foi arquivado em 2017, por falta de provas.
Procurado pelo UOL, o advogado de Nelma Kodama (foto), Adib Abdouni, afirma que a sua cliente não “faltou com a verdade” em seu depoimento e não teve “o intuito de manchar a reputação de qualquer profissional da Polícia Federal”.
Foto: Reprodução/Jornal Grande Bahia